quinta-feira, 10 de setembro de 2015

DESCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS: SURREAL E PERIGOSO...

VIFES DO VRASIL...



Me parece óbvio que esta distinção legal entre usuário e traficante, legitimando o uso de drogas até um certo limite, debatida pelo STF (justamente num momento em que toda a sociedade brasileira está convenientemente atenta à grave crise político-econômica e seus desdobramentos diários), acaba, indiretamente, legitimando também a figura do traficante. Afinal, partimos do pressuposto que o usuário não produz a droga que consome, tendo que adquiri-la do traficante, por menor que seja a quantidade, alimentando assim o tráfico. Então, é inquestionável que, ao legitimar o consumo da droga pelo usuário, legitimamos também o traficante, de quem o usuário a adquire. Se considerarmos a teoria - que parece ganhar força entre os magistrados do STF - segundo a qual o cidadão deve ter o direito soberano de decidir se quer ou não consumir drogas, então teremos que assegurar a existência de toda a cadeia produtiva, desde a produção até à distribuição final ao usuário, sem a qual, este não terá assegurado o seu "soberano direito de se drogar". Deste modo, me parece incoerente coibir apenas uma parte dessa cadeia produtiva, já que não faz o menor sentido, criminalizar a produção e a distribuição de algo, cujo consumo passa a ser permitido. Quem sabe, a descriminalização do tráfico e da produção, seja justamente o próximo passo do STF, que parece não ter nada mais importante para debater? Enquanto isso, um bom advogado terá, já a partir de agora, farta argumentação para inocentar seus clientes, traficantes e produtores. Ao invés de investir em maneiras de coibir o uso de drogas - que é o pior câncer de uma sociedade - com programas de prevenção e desintoxicação, o Brasil prefere ir na contramão, apoiando o consumo e incentivando o vício. Um dos grandes problemas de uma sociedade é a normatização, quando, sob o véu da "modernidade", do "avanço", da "democracia" e da "liberdade individual", se subvertem os valores, passando a achar que tudo é normal e permitido. Se a descriminalização for realmente aprovada, a nossa sociedade terá, a meu ver, dado um grande passo para trás, quando toda a campanha antidrogas veiculada na mídia há décadas - onde inclusive se apregoava que o usuário alimentava o traficante - será repentinamente jogada no lixo, quando nossos jovens passarão a receber a mensagem equivocada de que se drogar é, literalmente, LEGAL. E, confirmada a legalização, viva o boom da valorização imobiliária das cracolândias (verdadeiros shoppings das drogas), espalhadas por todo o Brasil. Com certeza, muita gente vai ganhar (ainda mais!) com mais este inacreditável Vife do Vrasil...

sábado, 25 de outubro de 2014

MINHAS 4, 5 RAZÕES PARA ESTAR COM AÉCIO E A SABEDORIA DA MINHA AVÓ

VIFES DO VRASIL...




Não nasci no Brasil, mas moro aqui desde criança, há quase 40 anos, por isso, mesmo não votando, me sinto no direito e na obrigação de externar minha posição e opinião, especialmente neste tempo crucial para o futuro deste país que eu tanto amo.

 

1 – Eu estou com Aécio porque sei que é exatamente nesta época, que os adversários vasculham detalhadamente a vida atual e pregressa do candidato, e absolutamente nenhuma imperfeição, por menor que pareça, passa despercebida e incólume. Então, apesar de todas as acusações que lhe foram imputadas - injusta ou justamente – ao fazer um balanço frio e imparcial, julgo-o capaz e merecedor da minha confiança e preparado para exercer o cargo máximo de mandatário do Brasil. Além do mais, minha avó já dizia, “quem primeiro se queixa, foi quem atirou a ameixa”.

 

2 – Eu estou com Aécio porque acredito que o paternalismo lulopetista seja, no fundo, um instrumento conveniente de controle e manipulação de uma expressiva parcela de indivíduos que se satisfazem com muito pouco, institucionalizando uma prática perversa e viciosa, em que o acesso a melhores níveis de educação, moradia e condições de vida, sempre será franqueado à custa de cotas e bolsas-auxílio. Julgo que um governo legítimo se faz para TODAS as classes sociais sem distinção, e não simplesmente para determinadas camadas da população, em detrimento de outras, que, além de injustamente demonizadas, acabam pagando a alta conta do populismo e do paternalismo demagógico. Minha avó chamava isso de “cortesia com o chapéu alheio”.

 

3 – Eu estou com Aécio porque acho extremamente perigosa a obsessão do Lula pela perpetuação no poder a qualquer preço, instituindo a “ditadura” do lulopetismo, que caminha de mãos dadas com a Venezuela, Cuba, China, Coréia do Norte, Irã, Síria, Rússia e outros tantos países com os quais sempre fez questão de se alinhar ideológica e comercialmente. Países cujos líderes absolutistas e convenientemente populistas, tudo justificam para eleger um sucessor suficientemente manipulável, que permita a sua manutenção no poder, através de um autoritarismo disfarçado de “democracia libertadora socialmente igualitária”. Minha avó dizia, “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.

 

4 – Eu estou com Aécio porque julgo que é muito mais saudável intercalar do que perpetuar. O ideal seria apostar na 3a via da Marina Silva mas, já que por despreparo - do eleitor ou da própria candidata - esse momento ainda não chegou, diante da inegável e tão propalada polarização entre PT e PSDB e entre Lula e FHC, que ao menos se possa alternar estas forças, ainda que para manter o equilíbrio entre as duas, o que, a meu ver, seria muito mais saudável para a economia e principalmente para a democracia do Brasil. Minha avó chamava isso de “respirar novos ares”, ainda que nem tão novos assim.

 

5 – E, finalmente, estou com Aécio porque não me agrada, nem nunca agradou, o posicionamento xiita em nenhuma situação da vida. Não me agrada ver um partido se impor de forma absolutista, sob a figura de um líder inquestionável e inantingível, livre de julgamentos, acima do bem e do mal, blindado contra todos os escândalos e falcatruas que o cercam. Isto não me parece assim tão diferente da posição da ditadura militar que tanto combateram, inclusive como guerrilheiros armados. Não me agrada ver políticos corruptos e corruptores sendo condenados, posando de heróis revolucionários, legitimando e justificando assim, o comportamento odioso e de ideologia vazia, do vandalismo dos blackblocs. Não me agrada ver um partido que se organiza com uma estrutura de militância tão próxima da guerrilha, que nos brinda com atos como os do ataque de ontem à noite ao prédio da Editora Abril, que foi exatamente igual ao ataque dos blackblocs à mesma editora, depois da mesma revista divulgar uma reportagem que não os agradou. É visível que o “modus operandi” é o mesmo. Porque esse é o “modus operandi” do PT, um partido de guerrilha que impõe à força sua ideologia de justiça e igualdade social duvidosa. A defesa de uma ideologia que nos força a aceitar invasões a prédios e propriedades privadas sob a bandeira escarlate dos Sem Teto, dos Sem Terra e de tantos outros, que de trabalhadores, efetivamente nada têm, pois, por se contentarem com muito pouco, lhes é mais conveniente sobreviver à custa de uma bolsa-auxílio qualquer, obviamente paga por quem realmente trabalha neste país. Minha avó chamava isso de vagabundagem, mesmo.

domingo, 21 de setembro de 2014

MOVIMENTO REBAIXA O GRÊMIO! CHEGA DE RACISMO, JÁ!

VIFES DO VRASIL...



quarta-feira, 9 de julho de 2014

PENSANDO BEM...

VIFES DO VRASIL...

SABES QUE, PENSANDO BEM, PORTUGAL NEM ERA TÃO RUIM...

JÁ PODÍAMOS TER ADIVINHADO, NÉ?

VIFES DO VRASIL...




terça-feira, 1 de abril de 2014

A SÍNDROME DO DOM










                Fica frio...

                        É só um 

                        cromossomo extra!








 


Vivemos acostumados a rotular de diferente tudo o que não se encaixa no nosso padrão comportamental. Tendemos a assumir posturas simplistas, onde simplesmente excluímos quem não é igual a nós, ou quem nos parece que pensa de maneira diferente, julgando-o inferior, ignorando que existem inúmeras formas do ser humano se manifestar. Com frequência pré-julgamos sentimentos, opiniões e comportamentos, com a arrogância de quem detêm o conhecimento da verdade absoluta e o conceito do que é certo e errado. Não raro, ignoramos com prepotência, que a imposição de padrões de "perfeição", por si só configura prática quase nazista, título que, hipocritamente recusamos. E assim, vamos cercando a nossa sociedade de preconceitos, velados e explícitos, que a influenciam de maneira nefasta, produzindo conceitos que, de tão arraigados, se tornam quase leis. É o que acontece, por exemplo, com as pessoas que possuem a Síndrome de Down, cujo Dia Internacional vem sendo lembrado desde 2006, sempre em 21 de Março (21/3) em alusão à trissomia do cromossomo 21, como também é conhecida. Certos pais despreparados chegam ao cúmulo de desistir de criar um filho que, para seu desespero, nasce com essa característica. Alguns desses pais necessitam de muito mais ajuda do que o próprio filho que julgam ser “deficiente”. Afinal, como falar em inclusão na sociedade, se já no seio familiar, ao nascer, essa criança é rejeitada? Felizmente, a imensa maioria dos pais acaba por superar as dificuldades iniciais e relata que a experiência de criar uma criança down é absolutamente transformadora, considerando que receberam uma verdadeira bênção. As pessoas que possuem esta característica têm inúmeras habilidades e dons, estando capacitadas a levar uma vida quase normal. Este "quase" deve-se justamente a este padrão que impomos ao que difere de nós. Mas quem sabe dizer exatamente o que é normal? É claro que estas pessoas têm limitações, mas quem de nós, os "normais", não as tem? Quem tem o privilégio de conviver com um down, logo percebe o quanto o conceito de normal é abstrato e relativo. Crianças down são carinhosas e receptivas e se transformam em adultos inteligentes e capacitados a desempenhar funções e profissões em diversas áreas de trabalho. Têm dons artísticos e esportivos natos, que encantam pelo talento e pela sensibilidade. Filhos down têm ainda uma característica especial, que os fazem realmente diferentes da maioria de nós: conseguem demonstrar com facilidade o reconhecimento e a gratidão pela dedicação que recebem dos pais, por toda a vida. Ao contrário de nós, ditos "normais", as pessoas down não têm a menor dificuldade, não têm vergonha de expressar o seu amor. O amor pelos pais, o amor pela vida. São infinitamente gratos pela maravilhosa oportunidade que tiveram de viver e acham este mundo, simplesmente maravilhoso. Sim, as pessoas down são felizes. As pessoas down, na verdade são up. Elas são sempre pra cima. Por isso, têm tanto a nos ensinar e a nos fazer refletir. Com eles aprendemos que a evolução espiritual não caminha junto com a evolução material. Aprendemos que, não raro, baseados em padrões e conceitos duvidosos, julgamos erroneamente as pessoas pela posição que ocupam na sociedade. Assim, deixamos de valorizar quem, muitas vezas, está vários degraus acima de nós. E deixando de valorizar, pela nossa própria incapacidade de entender e identificar, perdemos também a valiosa oportunidade de aprender com estas pessoas, atrasando um pouco mais a nossa própria evolução. Por tudo isso, entendo que, para benefício dos próprios "normais", o mais adequado é manter a pessoa down sempre integrada na sociedade, seja na escola, enquanto criança, seja no mercado de trabalho, quando adulta. Além de fazê-la sentir-se à vontade, preparando-a melhor, integrar uma criança down numa sala de crianças tidas como "normais", vai certamente passar valores e conceitos importantes aos seus coleguinhas, especialmente numa idade em que ainda há pureza, e o caráter e os valores ainda estão se formando. E nessa rica troca de experiências entre crianças down, seus colegas "normais" e professores, com certeza só há ganhadores. Num sistema onde os alunos “normais” são praticamente analfabetos e onde não é permitido reprovar de ano, independente do desempenho, como afirmar que uma criança down não conseguirá acompanhar o aprendizado dos demais colegas? Tudo o que ela precisa é de apenas um pouquinho a mais de atenção e dedicação do professor. Mas, e quem não precisa? Se for preciso um reforço na aprendizagem, o que tem demais? Quantas crianças “normais” não ficam para recuperação e necessitam de aulas de reforço e até de professores particulares para ajudá-los? O que é normal, afinal? Será normal uma criança que comete um crime bárbaro ainda na mais tenra idade? Serão normais crianças que assassinam cruelmente os próprios pais? É normal um adolescente que incendeia mendigos nas ruas numa madrugada fria? São normais os adolescentes que estupram uma colega, filmam tudo e divulgam as imagens na internet? O adolescente viciado que assassinou a própria mãe para roubar e comprar drogas, é normal? E serão normais os adultos que matam a sangue frio e sem chance de defesa? E os pais “normais” que matam seus próprios filhos, ainda bebês? É normal a tortura, a guerra, a fome, a miséria, a corrupção e a ganância? Será que uma sociedade em que se cometem tamanhas atrocidades, pode se auto denominar normal, superior a outras? Diante de tudo isto, quem é down, afinal? Como podemos ter certeza de que, em algum lugar do universo, não existe um mundo habitado por pessoas down, com uma sociedade "perfeita" como a nossa, onde pessoas "normais", como nós, é que são diferentes? É bem possível que esse mundo down seja consideravelmente mais puro e evoluído do que este nosso planeta, tão degradado moral e espiritualmente. E enquanto isso, as verdadeiras aberrações e bizarrices, passam a ser consideradas normais, quando, indiferentes e egoístas, nos tornamos mais permissivos e impuros a cada dia. Nós é que somos down, somos “pra baixo”, vivendo numa sociedade cada vez mais rasa.

Obtenha mais informações no Portal Síndrome de Down:
http://www.portalsindromededown.com

JORNAL NACIONAL






                              Não penso

                              Não existo

                              Só assisto









Sentado, no banco da praça de uma cidade qualquer
Assisto toda a decadência
Até para me lembrar que sou melhor
Cansado, vejo toda a intolerância
Refletida no espelho do que é pior
Pra fortalecer a paciência que ainda resta em mim
Convivo com a “distante” violência
Que mancha à minha volta, tudo de carmim
Busco encontrar pacificada, a minha paz
Que jaz enterrada, lá no fundo do meu ser, toda vestida de cetim
Cínico raciocínio, marra que comete latrocínio
Nem consigo mais sentir
Não quero me ferir e subo no altar
Para finalmente descobrir que nem sei rezar
O avião que cai do ar
Mergulha em parafuso dentro do meu mar
Há tantas rimas que eu nem uso
Estou confuso com o meu olhar
No bilionário estádio lotado, em estado vegetativo
Anestesiado, o manifestante mudo bloqueia o cérebro, inativo
Como o elefante surdo pisoteia o rato, ainda vivo
E balança o teleférico que me leva aos céus
Onde Ele recebe de braços abertos
Todos os incertos sonhos meus
Nos breves intervalos, propagandas indecentes 
Impedem-me de pensar
Percebo cidadãos carentes
Mortos por polícias, que os deviam proteger
Desperto distraído, com letras displicentes
Numa tela de notícias
Embalada como pão, de global padrão
Que manipula a massa (nada cinzenta)
Sentada, no banco da praça de uma cidade qualquer