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“Haverá maior solidão do que a ausência de si?” Clarice Niskier, em "A Alma Imoral"
FILHOS DA INSENSATEZ: ANALFABETOS DA MÍDIA
Existem os olhos, e existe o olhar...
Os apresentadores do Jornal Nacional e do Fantástico fazem pose de preocupados quando o assunto é aquecimento global e crise ambiental, porém, a mídia televisiva, mais do que qualquer outra, estimula incessantemente o consumismo, e quão pouco faz para conscientizar...
Troque de carro.Troque de tevê. Mude para nossa operadora, temos os melhores planos. Beba mais cerveja. Troque de celular,etc, etc, etc...(24 horas por dia, 7 dias por semana).
Não estranhe se amanhã, na abertura do Jornal Nacional, anunciarem o velório da coerência: “Consumo, logo existo.” Na sociedade consumista, quem não consome não existe.Triste tempo o nosso... William Bonner equiparou o telespectador do Jornal Nacional a Homer Simpson, um sujeito preguiçoso, burro, que adora ficar no sofá, assistindo tevê, comendo rosquinhas e bebendo cerveja, e que só dá mancadas na vida.
O mais preocupante, porém, não é o fato de termos como editor chefe e apresentador do maior telejornal do país alguém que nivela milhões de telespectadores com “Homer Simpson”... A pergunta que devemos nos fazer é: E se William Bonner tiver razão? Como foi que alcançamos tal condição, e a quem interessa que continuemos assim...? A televisão amolece o corpo, a televisão amolece o espírito.
No Brasil, segundo o Ibope, as pessoas vêem, em média, cinco horas de tevê por dia. Até quando vamos prolongar nosso passivo imobilismo, nossa paralisante apatia? O sonho dos atuais diretores televisivos é ter como audiência uma imensa massa acrítica, sem uma real capacidade de análise. Um público que não pensa, que não questiona, que é facilmente manipulado, que compra quando e o que lhe mandam comprar.
Por lei, as emissoras são obrigadas a incluir programas educativos na sua programação. Porém, tais programas são relegados a horários de pouquíssima audiência. Globo Ciência e Globo Ecologia passam, por exemplo, de manhã, quase de madrugada, a partir das 6:30h. A educação leva a um consumo consciente, diminuindo o faturamento das emissoras. Quanto mais se anular o “sujeito pensante”, maior o lucro imediato...
Beba com moderação... Países desenvolvidos vêm estabelecendo políticas restritivas para anúncios de bebidas alcoólicas, inclusive cervejas, preocupados com a saúde da população em geral e dos jovens em particular. Tais restrições ocorrem pela simples e óbvia valorização da vida... De acordo com Gilberto Dimenstein, uma série de estudos demonstra que, no Brasil, os jovens bebem cada vez mais e, ainda por cima, começam mais cedo. É simplesmente risível imaginar que eles teriam mais cautela apenas ouvindo aquela rápida frase de alerta depois do sensualíssimo anúncio com mulheres estupendas.
Segundo levantamento realizado pela PUC/RS, os acidentes de trânsito, nas estradas e nas vias urbanas, resultam em mais de 80.000 mortes por ano no Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos metade destes acidentes estão relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas. Embriague-se com moderação...
E o que dizer de Pedro Bial, quando se dirige aos participantes do Big Brother, chamando-os de “nossos heróis” e “nossos mártires”? Quão deturpados os conceitos de heroísmo e martírio transmitidos. A que ponto chegamos...
Vejamos, por exemplo, uma escola pública localizada no sertão pernambucano. Não há acabamento nas paredes. O banheiro está interditado. Há um ano sem merenda escolar. Não seria mais sensato qualificar de heróis e mártires os nossos professores...?
Eles que, quase sem nenhum reconhecimento, e em condições tão adversas, tentam manter acesa a chama do saber e do conhecimento, muitas vezes obrigados a percorrer longas distâncias a pé para chegar à sala de aula... Heróis e heroínas são também os pequeninos alunos com seus chinelos gastos.
Meu caro Bial, sugiro que junte a produção do BBB, e vão assistir ao documentário “Pro Dia Nascer Feliz”, do diretor João Jardim, que aborda a situação da educação no Brasil. É o mínimo que formadores de opinião deveriam fazer...
Esta situação ocorre tanto no sertão nordestino, como nas periferias de qualquer capital... Quem sabe o próximo “reality show” possa mostrar a dura realidade de muitos professores e alunos da rede pública. Aí sim teríamos um show de realidade...
Enquanto em outros países o formato “reality show” vem perdendo espaço, no Brasil continua ocupando o horário nobre, o que prova a competência dos marqueteiros globais. Um programa fútil, vazio, totalmente desprovido de qualquer princípio ético, e que instituiu a fofoca em escala nacional. A Rede Globo já comprou os direitos de transmissão do BBB até o ano 2011.
E o que dizer das festas promovidas pela produção do Big Brother? Que belo exemplo são para os nossos jovens: “Bebam para serem felizes, para promoverem farras sexuais”. Obrigado, Rede Globo.
Segundo a Folha de S. Paulo, “Admitir ver o ‘Big Brother Brasil’ significa cada vez mais confessar uma falha de escolaridade, passar recibo de fútil, solitário, imaturo, ‘low class’. Nunca deu status para ninguém acompanhar esse programa. Só queima o filme. Fuja de gente viciada nisso.”
Já foi dito que o teatro é a arte do ator, o cinema, a arte do diretor, e a televisão, a arte do patrocinador. A televisão funciona como um intermediário entre a agência de propaganda, que quer vender o seu produto, e a audiência, o telespectador. A tevê existe por causa do intervalo. Enquanto professores e escolas se esforçam para formar cidadãos, a televisão fabrica consumidores.
A guerra pela audiência, como toda guerra, é covarde e suja. E na guerra pela audiência, como em qualquer guerra são as crianças as principais vítimas...
Segundo o professor da USP, Valdemar Setzer, a televisão foi a maior tragédia que aconteceu à humanidade, e não tem comparação com nenhuma guerra. A televisão mata a imaginação e leva ao estado hipnótico. Na tevê não há aprendizado, há condicionamento.”
Em outubro, mês das crianças, o valor gasto no Brasil em publicidade dirigida ao público infantil foi de aproximadamente R$ 210 milhões. Neste mesmo período, foram investidos no Programa Federal de Desenvolvimento da Educação Infantil (FNDE) cerca de R$ 28 milhões.
É portanto inegável, que a televisão transforma crianças da mais tenra idade em consumidores. Leia a seguir trechos do depoimento de uma jovem mãe, publicado recentemente no jornal Folha de São Paulo:
“Às vezes, chego até a achar que ele está de sacanagem - mas não, aos quatro anos e meio, as crianças ainda não dominam um recurso como o sarcasmo. É que meu filho, quando vê televisão, fica muito atento aos anúncios e, ao final de cada um, declara: "Quero um desses". Sua afirmação é tranqüila, em tom de voz normal, mas é a inequívoca expressão de uma vontade. Há variações. Quando o objeto em questão é escancaradamente "de menina", na profusão de rosas e lilases e florzinhas e babados, ele faz o reparo: ‘Mas se tiver ‘de menino'. Quando isso começou, o pai eu demos explicações simplificadas sobre orçamento doméstico ("não dá para comprar tudo o que vemos"), e, claro, nos afligimos com o impacto brutal da propaganda sobre a nossa criança... A cada interrupção de seus desenhos, continua a fazer seu catálogo mental, um rol infindável de desejos: - o tênis com rodas, armas poderosas de super-heróis inacreditáveis (‘mamãe, você sabe que com isso vira Power Ranger de verdade?’), mais tocadores de MP3, celulares (‘mamãe, isso é de criança? Se for, eu quero’), videogames e até títulos de previdência privada anunciados como se fossem pirulitos. Não há refúgio: até mesmo nos canais pagos com preocupações ditas educativas, a disputa pela hora em que a criança formula o desejo de ter algo que precisa ser comprado pelos pais é implacável. Por ora, suponho, tenho sorte. Nos ajeitamos lá em casa, mas não sei até quando esse armistício dura...”
Especialistas em comportamento infantil têm constatado mudanças significativas provocadas pela exposição massiva e precoce à publicidade. Segundo constatado, dentre as primeiras palavras pronunciadas, as primeiras intenções de transmitir uma mensagem verbal, já aparece a palavra “compra”...
Pesquisa realizada com crianças de nove anos de idade, de escolas particulares da cidade de São Paulo revelou que elas trocam, em média, seus aparelhos celulares a cada seis meses, por novos lançamentos. Este consumismo desenfreado, que nos tem conduzido à iminência de um colapso ambiental, é apenas um dos efeitos maléficos da televisão. Bens materiais perderam seus valores intrínsecos, passando a ser vistos como objetos de ostentação. Será que uma criança de nove anos tem necessidade de um aparelho celular? E aqui não podemos isentar de culpa a figura dos pais, que a cada dia perde mais respeito e autoridade perante os filhos que deviam educar e orientar, muito mais do que apenas “comprar” com presentes e vontades, para compensar a ausência cada vez maior e tentar amenizar a culpa na consciência, sempre com a velha desculpa pronta: “não quero jamais que meus filhos passem pelas mesmas dificuldades por que passei.”
Lembre-se ainda de que o exemplo é o mais forte dos ensinamentos. Não podemos restringir o tempo de televisão de nossos filhos sem reduzir o nosso próprio.
Além do que, a cultura comercial e consumista é ruim para as crianças, e também para nós adultos: ao protegê-las, poderemos também nos libertar.
Diante da tevê, o telespectador está fisicamente inativo. Dos seus sentidos, trabalham somente a visão e a audição, mas de maneira extremamente parcial. Os olhos, por exemplo, praticamente não se mexem. Os pensamentos estão praticamente inativos: não há tempo para raciocínio consciente e para fazer associações mentais, já que a atividade cognitiva está muito lenta. Isso ficou provado em pesquisas sobre os efeitos neurofisiológicos da tevê. O eletro encefalograma e a falta de movimento dos olhos de uma pessoa vendo televisão indicam um estado de desatenção, de sonolência, de semi-hipnose. O piscar da imagem, os estímulos visuais exagerados e contínuos, e a passividade física do telespectador, especialmente seu olhar fixo, fazem com que o cenário seja semelhante a uma sessão de hipnose.
Na leitura é preciso produzir uma intensa atividade interior: num romance, imaginar o ambiente e os personagens; num texto filosófico ou científico, associar constantemente os conceitos descritos.
A tevê, pelo contrário, não exige nenhuma atividade mental: -as imagens chegam prontas, não há nada para associar. Não há possibilidade de pensar sobre o que está sendo transmitido, porque as velocidades das mudanças de imagem, de som e de assunto impedem que o telespectador se concentre e acompanhe a transmissão conscientemente.
Tudo isso significa que o telespectador está num estado de consciência que têm os animais quando não são atraídos por uma atividade exterior (como caçar, prestar atenção em um possível perigo, procurar alimento, etc.).
Infelizmente, a televisão vem ocupando um crescente papel na transmissão dos caminhos da infância. As emissoras e os anunciantes assumiram tal incumbência pensando somente no seu próprio lucro imediato, e não nas crianças ou no futuro da nação.
Além de condicionar um consumismo desenfreado, estudiosos listam, ainda, dentre as influências maléficas da televisão:
- sobrecarga sensorial, sendo que a tevê hiperestimula o cérebro e faz com que se perca o costume de prestar atenção em atividades que exigem uma concentração maior, tais como ler, jogar xadrez ou assistir às aulas;
- indução a comportamentos violentos;
- desencadeamento de uma sexualidade prematura, artificial e doentia.
Portanto, tente seguir ao máximo estas indicações:
- Limite sua própria permanência frente à televisão. Dê um bom exemplo através de sua moderação e discriminação ao assistir programas;
- Torne-se um alfabetizado na mídia, avaliando criticamente a programação e as publicidades veiculadas;
- Não transforme a tevê no ponto central da casa. Evite colocar a tevê no lugar mais importante;
- Não acostume seus filhos ou a si próprio a somente dormir com a tv ligada, como um abajour. Isso causa um condicionamento perigoso, que fará com que só durmam nessa situação;
- Ligue a tevê somente quando houver algo específico que você decidiu que vale a pena assistir;
- E por fim, o óbvio: evite usar a televisão como se fosse uma babá para seus filhos.
Maria Teresa Rocco, professora da Faculdade de Educação da USP e estudiosa da televisão há mais de 20 anos, aconselha uma exposição diária de, no máximo, 45 minutos.
Se atentarmos para o fato de que a criança brasileira passa em média cinco horas por dia em frente à tevê (Ibope), quanta influência da mídia ela sofre?
Troque de carro, troque de celular, mude de operadora, temos os melhores planos,
beba mais cerveja... Descontos de arrepiar! Não deixe passar! É para zerar! Venha correndo aproveitar!
Compre! Beba!
Schwarzenegger, Van Damme, Stallone, Chuck Norris, Steven Seagal
E agora, os gols de Tuna Luso e Itumbiara pela “série C” do campeonato brasileiro.
Deborah Secco de calcinha e sutiã dá recorde de audiência à novela "Paraíso Tropical”
De segunda a sexta, TV Globinho, Mais Você, Vídeo Show Vale a Pena Ver de Novo (será que vale mesmo?), Sessão da Tarde, Malhação, Novela das seis, Novela das sete, Novela das oito, Casseta e Planeta, Tela Quente, Futebol, Linha Direta... Propagandas, Propagandas, Propagandas, Compre, Beba, Consuma, Exista.
E chega mais um domingo, e o que já era ruim consegue a proeza de piorar ainda mais...
E não perca! Depois dos reclames do Plim-Plim, as vídeo-cassetadas do Faustão... Pancadas que ferem, tombos que machucam...
As alfinetadas, as chineladas... Divirta-se com os comentários cruéis e venenosos do Faustão,
o riso que se compraz com a humilhação do próximo, a cultura do escárnio...
Como dizia Millôr Fernandes, “O ser humano ainda não tinha aprendido a amar o próximo e já tinha inventado a televisão, que ensina a desprezar o distante.”
E no horário nobre: Com a “Dança do Poste” de Flávia Alessandra, “Duas Caras” alcança 40 pontos no ibope pela primeira vez.
E no nobre horário: “Zorra Total”. O segundo programa mais assistido pelo público infantil...
Propagandas, Propagandas, Propagandas, Compre, Consuma, Possua...
O quê??? O teu suado dinheiro acabou? Já não dá mais pra comprar o que te anuncio, - supérfluos itens consumistas?
“Quem disse que não dá? Venha correndo pegar dinheiro emprestado! Na Fininvest dá!”
Endivide-se, perca noites de sono por conta de dívidas e credores, enriqueça os agiotas.
O Jogo do Bicho é ilegal? Os Cassinos são proibidos? Não faz mal, aposte nas loterias da Caixa!
E agora, vamos dar aquela espiadinha: Alemão, Bam-Bam, Cobra, e Siri... (nossos heróis)... É dia de paredão: Se vc quer eliminar fulaninha, ligue... Se quer eliminar fulaninho, ligue... (maldade tirar assim o dinheiro dos pobres e dos pouco instruídos...)
“Passarinho quer dançar, Tchu tchu tchu... O rabicho balançar porque acaba de nascer...”
Quão vazia uma vida pode se tornar... É na infância que se cria uma dependência que, freqüentemente, continua pelo resto da vida. Nada melhor que a tevê para preencher uma vida vazia, carente de aspirações elevadas e sem padrões morais firmes...
Mais uma vez, palavras sábias do Millor: “Só teremos um país de verdade no dia em que gastarmos mais com escolas do que com televisão, isto é, no dia em que gastarmos mais com a educação do que com a falta de educação.”
Darcy Ribeiro (1922-1997), um dos maiores defensores da educação no país, o que lhe valeu o apelido de “O Poeta da Educação”, defendia a instituição da educação em tempo integral no país. Dizia que a escola em turnos é uma perversão brasileira, e que, enquanto num turno a escola educa a criança, no contra-turno a tevê deseduca. Como se pode prosseguir assim? “Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem: a salvação dos índios, a escolarização das crianças... Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que venceram nessas batalhas”.
Por quanto tempo, ainda, iremos ignorar os conselhos e o inestimável legado, por implementar, de Darcy Ribeiro e de todos os grandes educadores e humanistas?
Por quanto tempo, ainda, iremos permitir que os senhores globais nos tratem como se fôssemos “Homer Simpson”?
Por quanto tempo, ainda, iremos permitir que Faustão, Gugu, Tiririca e Pedro Bial “eduquem” as nossas crianças...? Sabendo que o compromisso deles é com os anunciantes e o seu trabalho, impulsionar as vendas?
Eficientes campanhas publicitárias nos fazem acumular um acervo de ornamentos e adereços absolutamente dispensáveis (como a constante troca de aparelhos de celular).
Vender ou não vender um produto é simples questão de marketing. Basta saber provocar no consumidor o “desejo de consumo”.
Que infância estamos construindo? Lembre-se de que a criança só fica alegre quando recebe alguma coisa de seu interesse: seja um bem material, como um presente ou um bem imaterial, como atenção, respeito, carinho. E, dentre estes dois bens, certamente é o imaterial que ocasiona a felicidade verdadeira, duradoura e genuína.
Basta rememorarmos a nossa própria velha infância... Quais as lembranças mais caras que ficaram guardadas da tua infância? Quais as recordações que ainda fazem sorrir a tua alma...?
José Saramago nos lembra: “Nada é para sempre, dizemos, mas há momentos que parecem ficar suspensos, pairando sobre o fluir inexorável do tempo.”
O verdadeiro tempo é o da memória... E o que sabemos sobre o tempo, sobre a memória, sobre a vida...?
O escritor Alcione Araújo, nos faz refletir: “O ser humano é um ser complexo, cheio de sutilezas. É um ser que deve ser valorizado em sua singularidade. Cada ser é único, essa é sua riqueza, por isso somos todos tão preciosos. Essa banalização do amor, da violência, do sexo, da solidão, essa banalização da vida que a gente vê na tevê é a própria negação da arte. A vida passa a perder importância.”
A arte tem o poder de abrir os canais da sensibilidade. A arte nos possibilita adquirir vivências que não vivemos, enriquecendo a nossa aventura existencial. A arte é um aprofundamento da experiência de estar no mundo, um mergulho na vida. O processo de produção televisivo é a própria negação da arte, uma vez que procura gerar uma cultura de massa, com vistas a vender o produto do anunciante.
Procure familiarizar seus filhos e netos, desde a tenra idade, com a riqueza da arte, teatro, literatura, música, artes plásticas... O livro é um tesouro, tesouro maior, o livro lido.
O que falta para a gente mudar o ângulo do olho e perceber as belezas que estão à nossa volta?
Desligue a tevê, e torne a vida num lugar melhor... Miríades de potencialidades e possibilidades nos reserva a vida...
Uma outra infância é possível. Buscar a fonte límpida, em meio aos córregos poluídos.
Enxergar um Novo Mundo, solidário e humano, por construir, em meio às ruínas do velho mundo, individualista, materialista e consumista.
Quem são os teus heróis, quem são as tuas heroínas? Quem são os heróis e as heroínas dos teus filhos? (que possam não ser os Bambans do Big Brother ou as Sheilas do Tchan...)
Um outro Brasil é possível, onde a educação e a cultura ocupam o espaço que, de direito, lhes pertence.
Um outro mundo é possível. Um mundo de novas atitudes, novos paradigmas, novos olhares, nova postura, nova visão...
Como dizia com propriedade, Henri Poincaré (matemático, físico e filósofo francês), "O coração da criança é campo favorável à semeadura do bem."
E Luis Fernando Veríssimo, não deixa por menos: “Melhor legado para deixar aos filhos? A solidariedade.”
“Se as pessoas não buscarem uma saída espiritual rapidamente... O mundo não vai acabar, mas ficará uma situação insustentável. Mas ainda temos as crianças, e isso é o que pode nos salvar...” Renato Russo.
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