sábado, 31 de julho de 2010

RASTRO DE ILUSÃO (85)


Sobre as luzes de cidade
No céu espiritual
Uma nave palpitante
Deixava naquele instante
Um rastro de ilusão

E a vida doravante
Seria diferente
Mais vivida, mais sentida
Nunca mais inutilmente

Não há dúvidas sobre a origem
E o futuro é conhecido: depois da morte é só viver

Somos todos generais
Explodindo cogumelos
Sobre rosas desfolhadas
Pois a Terra é só descrença
Hiroshima é uma menina
Onde a fé não é remédio
Ser ateu é ser vazio

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